O tartan tornou-se o principal símbolo
da Escócia e da cultura escocesa e um emblema para os que tem origem escocesa
em todo o mundo.
Há evidências de que os celtas usaram
roupas listradas e xadrezes por milhares de anos. Os Scott que migraram para o
oeste escocês no século 5 e acabaram por dar nome ao país, usavam roupas
listradas para designar a posição da pessoa. O tartã, assim como a linguagem
céltica, era usado na Escócia no século 10, mas no século 13 estava confinado
às Highlands, enquanto o sul da Escócia começou a adotar a linguagem e
estrutura social dos Anglos e Normandos. Durante os próximos 6 séculos o tartã
foi visto como o traje dos highlanders.
Por volta de 1715, o governo começou a
empregar companhias independentes para policiar o país que havia caído num
período de anarquia. Tais companhias empregavam um grande número de
highlanders. Com o tempo esses regimentos independentes ficaram conhecidos como
"Black Watch", em referência aos tartãs escuros que eles usavam. Em
1740, esses grupos tornaram-se regimentos formais do exército e surgiu a
necessidade de adotar um tartã oficial. Para não ofender nenhum clã foi-se
confeccionado um novo tartã que ficou conhecido como "Black Watch", e
assim surgiu o primeiro tartã documentado, com nome oficial e pedigree.
BLACK WATCH
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Em 1746, a batalha de Culloden acabou
com as pretensões Jacobitas. Muitos Highlanders estavam no lado Jacobita. A
grande importância do tartã e o vestuário a ele associado à cultura das
Highlands naquela época, pode ser deduzida do fato que o governo baniu o uso do
“traje das Highlands” entre 1746 e 1782. Esta proibição só era válida para o
homem comum, não para os altos escalões da sociedade das Highlands ou para os
habitantes do sul do país ou para os regimentos de highlanders do exército.
Os regimentos do exército eram
geralmente associados com específicos clãs, compostos pelos homens do clã e
pelo seu chefe. A partir disso os tartãs começaram a ser associados com os
clãs.
A popularização do tartã começou com William Wilson, que possuía uma
companhia de tecidos no sul do país. Ele atendeu a grande demanda por tartãs
inventando novos padrões. Ele supliu o exército e o crescente mercado de
tecidos no sul do país. Alguns padrões tornaram-se popular em certas áreas e
ganharam o nome da região. Outros foram desenhados para uma pessoa
específica e logo o sobrenome daquela
pessoa tornou-se o nome do tartã.
A cada ano novos padrões eram colocados
no mercado. Não há evidências de que os tartãs de Wilson tenham sido baseados
em antigos padrões.
No começo do século 19, quase metade do
exército britânico era composta por regimentos das Highlands, a bravura destes
regimentos tornou-se lendária. Com isso o “traje das Highlands” virou moda e
tornou-se escocês e não somente das Highlands.A variedade de tartãs nunca parou de
crescer. Quase todo sobrenome nas ilhas britânicas foi associado com um clã e
respectivo tartã, um mesmo clã pode ter variações de tartãs. Hoje as pessoas querem
vestir seus tartãs; até mesmo empresas, organizações e times de futebol têm
seus próprios tartãs.
Parece que neste momento, quando ocorre um renascimento da Escócia, os
escoceses vestem seus tartãs com mais orgulho do que nunca.
Veja algumas amostras de tartans !!!
Ah, legal, eles costumam também usar esse tipo de estampa nos kilts (as famosas saias escocesas.
ResponderExcluirAs diferenças não estão apenas nas cores, mas sim na forma de trançar a lã e no formato do desenho.
ResponderExcluirGisele Sousa:
ResponderExcluirmuito lindas, essas amostras..
são mesmo lindas adorei !!:)
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